Segurança

Jornalista denuncia que está sendo ameaçado por setores ligados ao PT em Jacobina

Combativo e conhecido pela prática do jornalismo opinativo, o jornalista Eraldo Maciel, que coordena as emissoras Serrana Líder FM e Clube AM, na cidade de Jacobina, vem sendo perseguido por setores ligados ao Partido do Trabalhadores (PT) do município.

Os últimos acontecimentos políticos, que até o momento levaram à prisão de vários políticos e grandes empresários, além de um processo deimpeachment da presidente Dilma Roussef prestes a ser votado na Câmara Federal, foram tratados diariamente e com veemência por Maciel – que defende, inclusive, a realização de Eleições Gerais já neste ano, por entender que somente a cassação da presidente não é remédio para nenhum dos principais problemas do país.

Como se tornou “moda” nos meios governistas, especialmente entre os filiados ao PT, a pecha de “golpista” e de “fascista” não demorou a ser atirada contra o jornalista – em que pese o fato de ele não defender nenhum dos líderes políticos atuais. No município, petistas, comunistas, alguns movimentos sociais, professores e alguns alunos têm utilizado até o nome da Uneb, Campus IV (Jacobina), para promover uma campanha contra o profissional e as emissoras em que ele trabalha, objetivando forçar anunciantes a retirarem de lá as suas campanhas publicitárias.
No dia 31 de março, quando ocorreu um movimento de protesto em favor do governo e de Dilma e Lula em 95 cidades do país, algumas dezenas de pessoas se concentraram em frente à sede das emissoras, no centro da cidade, gritando palavras de ordem contra Maciel. Houve até ameaças ao profissional, dizendo que ele “não poderia mais viver em Jacobina”. Maciel não se encontrava no local no momento.
Numa atitude considerada “infantil e imprudente” pelo jornalista, o pré-candidato a prefeito pelo PT e ex-deputado Amauri Teixeira compartilhou em sua página no Facebook as montagens com foto do profissional na campanha difamatória.

Contundente, o comunicador reagiu aos ataques, boa parte em redes sociais, que buscam desqualificá-lo pessoal e profissionalmente. Fatos são deturpados e publicados como verdadeiros pelos defensores do governo; o jornalista os contrapõe e desafia os seus detratores a comparecerem ao vivo em seus programas (Na Mira da Verdade e o Bote a Boca  no Trombone) para provarem o que dizem.
Por último um professor da Rede Estadual publicou no Facebook impropérios contra Maciel e, ao final, ameaça: “Ele está merecendo uma surra”. O jornalista diz ter acionado as autoridades policiais e judiciárias.

Liberdade de expressão

Um dos principais questionamentos dirigidos aos “manifestantes” diz respeito exatamente a um dos principais motes de seus protestos: a defesa da Democracia e do Estado de Direito – que têm, exatamente, a liberdade de expressão e de imprensa como o seu principal patrimônio.

A Uneb, cujo nome vem sendo larga e abertamente usado nos ataques ao comunicador, mantém-se até agora no silêncio. Parte de seus professores e alunos, porém, não se constrangem em continuar a fazer uso da instituição, inclusive de suas dependências. A situação é tão grave que provocou pública e assisada divisão entre os apoiadores do governo e aqueles que dizem já não suportar tanta corrupção no país. Muitos estão revoltados por verem o nome da universidade usado tão livremente, sem nenhuma manifestação da sua Reitoria, sendo que, com justa razão, apontam que “também são professores e alunos” da instituição e não concordam com o “domínio” dos governistas.

Fonte: Jornal A Notícia.

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