Segurança

MIRANGABA: divórcios e acordos de alimentos são os serviços mais procurados durante visita da Unidade Móvel da Defensoria à cidade

A Unidade Móvel de Atendimento da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA segue pelas estradas baianas com sua missão de levar a Instituição para mais perto de quem precisa e, nesta quarta-feira, dia 11, mais um Território de Identidade do estado, o Piemonte da Diamantina, onde fica a cidade de Mirangaba, entrou para a lista dos visitados. Durante todo o dia, os defensores públicos estiveram à disposição dos moradores da cidade na resolução dos mais diversos casos.

Dos 161 atendimentos registrados, a maioria era sobre divórcio e acordos de alimentos, como foi o caso da lavradora Carmosina Santos, 63 anos, que se ainda estivesse vivendo sob o mesmo teto com o marido, completaria 42 anos de casamento na última segunda, dia 9, mas a união durou menos de três anos e o divórcio nunca foi oficializado. “O sonho dela é conseguir este divórcio”, resumiu a filha da lavradora, Cristina Santos, que foi junto com a mãe até à Unidade Móvel. “Meu sonho também é conseguir este divórcio. Só estou esperando resolver isso para casar de novo”, revelou a diarista Solange Souza, 47 anos, que mora em Minas Gerais, veio visitar a família em Mirangaba e adiou o seu retorno para aproveitar a passagem da Unidade Móvel pela cidade.

Já a lavradora Railane Oliveira Carvalho Barros, 21 anos, tentou resolver o divórcio e a pensão alimentícia do filho de uma só vez. “Nosso casamento não deu certo, não era o que eu esperava para uma vida inteira, mas meu filho tem o direito de receber a pensão do pai, afinal ele que fez o menino também”, contou, enquanto aguardava sua vez de ser atendida.

“Chegou na hora em que mais precisávamos”

No próximo dia 26 de julho, será comemorado o Dia dos Avós e o lavrador Edemilson Gomes Teixeira, 47 anos, mostrou que será um “super vovô” e já aguarda com ansiedade o resultado do exame de DNA realizado nesta quarta-feira com o suposto neto. “Vamos fazer o exame para tirar a dúvida, mas, independente do resultado, já sou avô dele, já sinto amor e já me apeguei. É meu primeiro neto”, contou o lavrador, que já chama o pequeno H.E.A de “painho”.

Já o vovô José Roseno Ribeiro, 72 anos, procurou a Unidade Móvel para solicitar a exoneração da pensão alimentícia que continua sendo paga aos dois netos, que já são maiores de idade e concluíram os estudos. “Os meninos já têm mais de 21 anos e, até hoje, continua sendo cobrado o valor da pensão no contracheque dele”, relatou a filha do aposentado, a lavradora Rosemeire Roseno de Azevedo, 47 anos, que agradecia a todo instante a ida da Defensoria a Mirangaba: “que vocês tenham força e coragem para continuar fazendo este trabalho por muitos lugares. É uma benção para nós, um trabalho maravilhoso e que chegou na hora em que mais precisávamos”.

Quem também já é avó, mas não foi resolver nada relacionado aos netos foi a lavradora “arretada”, como ela me se intitula, Veroneide Maria de Lima, 60 anos. “Meu caso não é pensão, divórcio e nem DNA. Vim buscar ajuda para que o primo do meu marido possa ter algum documento, pois ele nunca foi registrado e o único documento que tem é a Certidão de Batismo, que prova a data e onde ele nasceu. Para o mundo, ele não existe, mas precisamos provar que ele existe e que ele é gente igual a todos nós”, relatou a lavradora, cujo atendimento será continuado na sede da Defensoria em Jacobina.

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