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Sustentabilidade: Diretor da WWI Brasil ressalta as potencialidades de Jacobina

Divulgação 

Em artigo publicado neste final de semana no jornal Correio da Bahia, sob o título “Instituto Tecnológico de Jacobina“, o diretor do WorldWatch Institute (WWI) no Brasil, Eduardo Athayde, ressalta o grande potencial da região  em projetos nas áreas de desenvolvimento sustentável. “A cidade está pensando fora da caixa, organizando-se para liderar toda a região, plugando-a à rede internacional do conhecimento”, afirma o articulista.

Veja abaixo a íntegra do artigo:

Quando a respeitada Associação Comercial e Industrial de Jacobina –  ACIJA, entregou ao jovem empresário inovador, Levi Bahia, o título de Empresário do Ano de 2017, reconhecendo a inovação como marca do seu trabalho, sinalizou para as novas rotas tecnológicas que quer seguir, apoiando a criação do Instituto Tecnológico do Piemonte (ITP), que ergue uma espécie de antena virtual, com inteligência nova, conectando Jacobina à rede internacional (nuvens) do conhecimento, no Brasil e no mundo.

Desbravada por bandeirantes e aventureiros que chegaram às suas terras em busca de minas de ouro, o seu povoamento iniciou-se em 1652. O distrito foi criado em 1720 e elevado à categoria de cidade em 1880, com o título de Agrícola Cidade de Santo Antônio de Jacobina. 350 anos depois, a cidade está pensando fora da caixa, organizando-se para liderar toda a região, plugando-a à rede internacional do conhecimento.

O caráter disruptivo e exponencial dos avanços tecnológicos, que cria uma economia globalizada e digitalizada, muda o entendimento do “pensar fora da caixa”. A caixa agora é o planeta. Cidades do interior com institutos tecnológicos instalados passam a ter status de “ponto do planeta”. A adoção oficial dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS-ONU), pela prefeitura municipal, durante o Fórum Jacobina 2030, realizado recentemente, acelerou processos locais.

O relatório internacional sobre cidades inteligentes, do WWI-Worldwatch Institute, um dos mais respeitados institutos de
pesquisa do mundo, sediado nos Estados Unidos, mostra com fatos e dados, como pontos do planeta estão inovando e articulando-se em rede.

Parcerias internacionais entre Jacobina e Boston (ITP com MIT-Massachusetts Institute of Technology), por exemplo, onde
pesquisadores e investidores estão ansiosos para expandir seus locais de atuação com “mentes na mão”, como costumam dizer, estimula e acelera o engajamento dos cidadãos, do poder publico e das empresas, de lá e de cá.

Na era da eco-nomia digital o conhecimento revela novos potenciais. O potencial de radiação do solo jacobinense, mostrado pelo Atlas Solarimétrico da Bahia, indica que, com o rápido avanço tecnológico e a queda dos preços, em poucos anos todos os telhados de Jacobina serão solares, criando uma nova cadeia de produtos e serviços da indústria solar para toda a região.

Presentes na cidade, grandes empresas como a Yamana Gold e a Torres Eólicas do Nordeste (TEN), com alta tecnologia embarcada e gestão empresarial global, operam com a visão de lucrativos pontos do planeta.
A empresa Woodgrove, por sua vez, sediada em Toronto, faz o controle avançado das minas jacobinenses da Yamana pelas nuvens, direto do Canadá, combinando soluções de processamento de classe mundial e otimização de processos minerais.

A fábrica da TEN, sediada em Jacobina, equipada com a mais avançada tecnologia de fabricação das torres metálicas para parques eólicos, contribui para o crescimento dessa fonte de energia dentro da matriz energética brasileira. Comungando da visão de expansão em pontos estratégicos, a fabrica de calçados, Freeway, sediada em Franca, São Paulo, implantou o seu parque fabril em Jacobina.

Atentando para os fluxos empresariais e o potencial local, a Faculdade Ages, presente em vários municípios, expande seu campus na cidade; enquanto a MDY, empresa local focada no desenvolvimento de produtos multimídia voltados para ensino e treinamentos online, inova com soluções tecnológicas para escolas. Andre Sampaio, secretário municipal de educação afirma que “a educação pública de qualidade mescla inovação, tecnologia e sustentabilidade”. O preparo e a capacitação das novas gerações, que brevemente estarão sentadas nas cadeiras de comando da sociedade, é o Objetivo 4 dos ODS, oficialmente adotados pela poder público local.

Atenta aos movimentos inovadores de Jacobina, Cristina Quintella, presidente do Fórum Nacional de Gestores de Inovação e
Transferência de Tecnologia – FORTEC [fortec.org.br], que reúne institutos de pesquisa e gestores de inovação, responsáveis pelo gerenciamento das políticas de inovação, atividades de propriedade intelectual e transferência de tecnologia, colocou o ITP no radar.

Sabendo que para uma ação ser global precisa antes ser local, o presidente mundial da Campus Party, o italiano Francesco Farrugia, colocou Jacobina no seu mapa. Reunindo a maior experiência tecnológica em Internet das Coisas (IoT), blockchain, educação e empreendedorismo do mundo, o evento conta com mais de 550 mil campuseiros (como são chamados os participantes) cadastrados globalmente e já produziu edições no Brasil, Espanha, Holanda, México, Alemanha, Reino Unido, Argentina, Panamá, El Salvador, Costa Rica, Colômbia e Equador.

Já que a industria cinematográfica é uma das mais tecnológicas do mundo, é importante lembrar do “Lampião o Filme”, contando a história do cangaço que será filmado em terras jacobinenses, emprega mão de obra local. Dirigido por Bruno Azevedo, produção da Mirage Filmes e elenco com Paulo Goulart Filho, Nelson Freitas, Roberto Bomfim, Lucy Alves e Chambinho do Acordeon, estreará nas telas dos cinemas em 2019, quem sabe com o apoio do Instituto Tecnológico do Piemonte.

* Eduardo Athayde   é diretor do WWI – Worldwatch Institute no Brasil. [email protected]

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